Olá a todos… Em primeiro lugar, desejo-vos um feliz ano novo, não só aos leitores deste ilustre blog mas também a todos os que aqui vêm parar por engano.
Vou começar este novo ano por vos falar de um tema que anda guardado num recanto do meu cérebro, da mesma forma que guardamos uma ferrugenta e velha lata com um calendário estampado de 1993 que, por alguma razão, seja ela simplesmente utilitária (como colocar lá canetas Bic na iminência de se esvaírem em tinta sem colocarem em perigo o bonito estojo que a nossa cara-metade nos ofereceu, mas que nunca utilizamos…) ou, a mera preguiça de deitar fora com o eterno pensamento “um dia destes livro-me disso…”
Ora, trata-se das campanhas publicitárias dos pensos higiénicos femininos, mais concretamente a
isto.
Neste momento devem questionar-se como diabo me fui lembrar de uma coisa destas e como a minha mente deve ser retorcida. De facto é, mas neste caso existe uma explicação e consiste no facto de trabalhar na área da comunicação …
Mas passemos ao que interessa. Se pensarem bem, raras são as vezes em que a maioria das marcas não aborda o tema com uma leviandade que, me leva a questionar se estas mentes criativas convivem com alguém do sexo feminino e se não ostentam um ou outro calo na mão direita.
É que eu sinceramente não deslumbro onde possa estar a felicidade expressa nestes anúncios televisivos de mulheres ora aos saltos, ora a dançar, simplesmente por usarem… vá lá… vamos ser honestos… fraldas… e digo isto na consciência tranquila de quem olha para o seu avô e sabe que mais dia, menos dia, também ele será obrigado a usar uma coisa daquelas a aconchegar os testículos para preservar a integridade da carpete e continuar a ter visitas…
Portanto, quer-me parecer que, quer nas mulheres por razões óbvias, como os próprios homens, encaram o tema da menstruação feminina com a mesma felicidade que um muçulmano apreciador de um gostoso presunto e leitão, desfruta de uma salada de brócolos e coentros em pleno Ramadão.
Lembro-me perfeitamente de há uns anos, durante uma ida ao cinema com um grupo de amigos, uma das minhas amigas contorcer-se de dores e andar num estado de espírito tal que, tenho a sensação que se cruzasse com o autor de um desses anúncios, era bem capaz de lhe bazar não uma mas as duas vistas e ter um ataque de violência tal, capaz de fazer corar de vergonha o mais bárbaro militante da Al-Qaeda e capaz de transformar o temível Gengis Khan no quinto elemento dos Teletubbies.
Por tudo isto, fica a sugestão senhores criativos: a menstruação não é uma coisa boa e usar um penso não é o mesmo que usar umas lantejoulas coloridas da Bershka, ok… parem de pôr mulheres a dançar todas contentes como se tivessem no “Saturday Night Fever” e deixem-nas mais sossegadas e contidas que é o que elas desejam nessas alturas, pode ser?
O que vamos ver a seguir, um octogenário contentíssimo a fazer uma aula de Step numa promoção à Ausónia? Vejam lá isso…