quarta-feira, 23 de julho de 2008

30 minutos de prazer....

Em primeiro lugar, em resposta aos e-mails que questionaram o facto de ainda estar vivo, devo dizer que sim, como podem ver, ainda estou... essa era a má noticia, a boa é que não tenho tido muito tempo para escrever as minhas teorias, ainda que estas estejam guardadas nos buracos negros do meu cérebro. Adiante...

Desta vez venho falar-vos de algo que me deixou perplexo à uns anos. Certo dia, li num livro que o orgasmo dos porcos dura em média 30 minutos. Como me interessei por este tema sórdido? Não sei... mas achei fascinante, mais ainda quando o meu pai matava porcos em nossa casa, uma prática que perdurava na família já algumas gerações mas que bloqueou na minha geração devido ao facto de eu ser o herdeiro de tão valente destino. E porquê? Por duas razões, sendo que a primeira prende-se com o receio da reacção do porco quando chegasse o momento de me dirigir para este de faca em punho precisamente para o matar... e a segunda razão vem na sequencia desta, ou seja... na possibilidade da velocidade da minha corrida ser inferior à do porco e transformar-me numa espécie de mártir dos matadores de porcos da minha família.

Acontece que quando eu era pequeno, observava o meu pai virilmente a dominar o porco e a transforma-lo em fêveras. Lembro-me de ficar petrificado com o espernear do animal aos berros em agonia... Acontece que hoje libertei-me desse terror... hoje posso pensar para mim: “não, ele não está em sofrimento... o valente ainda está a desfrutar dos minutos de prazer que teve com uma porca qualquer antes de entrar no corredor da morte... como o seu último desejo...”

Enfim, após esta mágica e carinhosa teoria, vou almoçar... hoje vou almoçar fora, num tasco que faz uns rojões que são uma maravilha...

Um abraço...

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Incêndios

Chega o Verão, chega o calor (supostamente) e chegam também os incêndios. Quer sejam acidentes naturais, quer sejam por negligência ou até mesmo propositadamente, o facto é que eles existem e não os podemos ignorar.

Mas, o que me traz aqui hoje a falar convosco sobre este tema é aquelas análises efectuadas pelos senhores da tv, que até têm enviados às zonas ardidas.

É nestas reportagens onde nunca falta a entrevista ao comandante do quartel geral mais próximo da zona que está a ser afectada, que os jornalistas vão mesmo para a zona que está em chamas e perguntam às pessoas cuja casa está a arder como é que elas se sentem. E se largassem a porra do micro e da câmara e fossem ajudar!!É que de certeza que o proprietário da casa não vai responder: "É um espectáculo. Olhe ali as cortinas da minha sala a arder tão bem e a deitar um fumo azul turquesa...Por falar em arder vou até à garagem pra ver de perto o meu carro a explodir!".

E pior é quando insistem em fazer falar uma pessoa desolada e que está a chorar. Deixem-na...Ela quer tudo menos mostrar ao país a sua cara em lágrimas. Serão os jornalistas insensíveis, ou será que eles pensam que os portugueses gostam de ver as casas dos outros a arder para pensar: "Ainda bem que não é a minha!!".

Saudações e divirtam-se ;)

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Tardes de Verão

Meus caros...O planeta tem andado a reagir às erróneas atitudes humanas e é de notar o clima inconstante que nos deparamos nesta altura. Ora num dia está um calor arrebatador que nem se pode levantar as persianas para ver quem é o artista que está a apitar na rua, bem como no dia seguinte temos de ir buscar o cobertor que carinhosamente arrumamos no sótão.

Mas nem só de tempo vive o homem. Nesta altura em que uns vão tirando férias, outros gozam-nas, outros fazem a contagem decrescente do tempo que falta.

Mas afinal o que é que vos quero dizer com isto tudo!?? É simples, de certeza que no vosso tempo de férias a descansar em casa já ligaram aquela caixinha que mudou o mundo (TV) para se regalarem a ver um pouco de televisão enquanto estão deitados no sofá. E o que se sucede é fazerem um zapping pelos 4 canais nacionais e dar aquela vontade tremenda de ir a cozinha pegar num cutelo ou no martelo de partir marisco e rebentar com a televisão.

Façamos um resumo: o que vamos então visualizar na nossa televisão numa bela tarde de verão?? HHuuummmmm...é uma grande e árdua tarefa!! Vamos ver a Júlia Pinheiro a namorar com outras tantas peixeiras a vida romântica daquela actriz da TVi que casou e tá grávida de 3meses (esta parte é inventada, mas de certeza que deve de haver alguém com estes requisitos). Ou será que ver uma novela mexicana dobrada em venezuelano?? Também é possivel ver-mos o João Baião a fazer várias emissões pelo país onde entrevistas os vereadores das câmaras e actuam cantores ilustres como o Toy e a Mónica Sintra.

É nestas circunstâncias que agradeço ferozmente aos senhores que inventaram a Internet, os filmes, as séries, os Dvd's e também a televisão por cabo. Chega a ser irritante estar de férias e passar uma tarde em casa...

Saudações e divirtam-se ;)

terça-feira, 1 de julho de 2008

Encher chouriços...

Pois cá estou novamente. Hoje venho falar-vos de algo que provocou uma tremedeira num dos meus olhos que neste momento ainda dura e já me fez libertar espuma pelo canto da boca.

Já vos aconteceu quererem ouvir algo incessantemente mas tudo o que conseguem é ouvir um outro desgraçado por cima deste, falando desalmadamente como se não houvesse amanha, sem uma única pausa que nos permita ouvir algo que o outro diga e em que realmente estamos interessados? E enquanto isso cresce uma estranha vontade de o matar à cacetada até este se calar, revelando assim o instinto criminoso que há em cada um de vós... Bom se calhar é só em mim... talvez no fundo eu seja um psicopata...

Isto acontece muito com os jornalistas e tem a sua origem no facto de estes terem uma franca apetência para encher chouriços... e não, não me refiro a charcutaria. Refiro-me àqueles momentos em que acontece um problema técnico e eles são obrigados a ganhar tempo... um exemplo: está um tipo a ser entrevistado e dá-lhe uma coisinha má... até se perceber se este tipo morreu ou simplesmente pensou na Manuela Ferreira Leite nua, o entrevistador tem que dizer algo como: “e o nosso convidado acaba de cair e partir uma jarra com a cabeça... uma bonita jarra por sinal, em porcelana... com cerca de 30 cm de altura e que ostentava um bonito casal de patos, cujos pescoços formavam um bonito coração... e eis que o nosso convidado recupera e podemos continuar a nossa entrevista...

Agora imaginem que nada se passou com o individuo, que ele respondia às perguntas e a determinada altura o jornalista fala por cima do convidado e enquanto ouvimos algo que nos parece a resposta ao jornalista, ouvimos algo como: “e o nosso convidado continua a responder à minha pergunta, sendo que ao lado dele está uma bonita jarra, em porcelana... com cerca de 30 cm de altura e que ostenta um bonito casal de patos, cujos pescoços formam um bonito coração... e eis que o nosso convidado acaba de responder, passemos então à próxima questão...

Isto, meus amigos, aconteceu na rádio à cerca de 10 minutos mas sem a jarra. Estava eu interessado numa conferencia de imprensa quando um jornalista decidiu falar, enquanto o entrevistado respondia qualquer coisa que desgraçadamente não ouvi porque por cima deste estava o jornalista a dizer qualquer coisa como: “e ele chega agora, acaba de se sentar, iniciando a conferencia de imprensa dirigindo-se aos jornalistas e dizendo que...”

Senhor, porquê a transcrição, não seria melhor ouvir em directo a pessoa em questão e em discurso directo? Não podia estar sossegado a coçar o rabo com o microfone?

Enfim... deixa-me limpar a espuma da boca...