terça-feira, 14 de abril de 2009

Salas de Espera

Meu caros....é com alegria que escrevo num blog que já tem mais de um ano de existência. É verdade, passou-se um anito e nós ainda continuamos a acreditar que há alguem que vem cá ler as nossas parvoíces....pois bem, a fé move montanhas e cá continuamos nós a acreditar neste projecto. Vá, somos dois a acreditar....tantos quantos os que ainda acreditam na selecção do Prof. Carlos Queiroz.

Mas o que me traz aqui hoje é a feminilidade (que está associado ao ser feminino) que existe dentro de uma sala de espera. Seja essa sala de um consultório particular, de um hospital ou até na função pública.

Pois bem, para os mais distraídos, pôr um homem numa sala de espera é autêntica tortura, ao passo que para a mulher é quase o paraíso. Senão vejamos, elas têm à disposição todas (repito: TODAS) as revistas cor-de-rosa da nossa sociedade e todas (repito: TODAS) as edições desde à um ano atrás. O que por um lado me leva a crer que estes locais ingratos querem pôr-nos a nós homens, a saber qual foi a última zanga do casal mais romântico da novela das 7h.

Em nem queria mencionar isto, mas vou ter de o fazer. É que colocar um maquineta com um garrafão de água e copos de plástico é engraçado.....para as mulheres......mas para quando uma máquina de tirar finos??? Juntamente ao lado de uma máquina de tirar latas de amêndoins ou pistachos??? Irra.

Já agora....há algum contracto entre a RTP e as salas de espera??? Não....óptimo.....para a RTP.

Saudações e divirtam-se ;)

terça-feira, 7 de abril de 2009

Seguros Psicopatas

Bons dias meus caros.

Desta vez, venho falar-vos de um telefonema. Muito provavelmente o mais surreal e sinistro de que tenho memória. Aconteceu este fim-de-semana e envolveu uma seguradora, para a qual trabalha uma simpática senhora que, pela mente doentia e um desejo estranhamente sequioso por uma boa desgraça envolvendo o alheio (eu!!), deve passar demasiadas horas atrás do balcão a ver aqueles canais temáticos que passam a pente fino as grandes tragédias da humanidade, enquanto lambe sensualmente um gelado de morango, sorrindo com os olhos esbugalhados perante a carnificina.

A referência ao gelado de morango foi para dar um ar erótico à coisa...

Pois bem, passemos então ao conteúdo da famigerada conversa...

Após o tradicional "Olámuitobomdia, omeunomeéblabla, comoestá?" (a ausência de espaços não é um erro, acontece que estas pessoas desconhecem que se deve prenunciar uma palavra de cada vez), fez uma pausa para recuperar o fôlego e começou a dar-me a conhecer um produto que consistia num seguro de saúde que tem a particularidade de, basicamente, dar dinheiro em troca de uma agradável estadia no Hospital. Quer dizer não é exactamente assim, temos de estar mesmo dolorosamente incapacitados para receber alguma coisa, que vai do simples bazar de uma vista, obrigando-nos a um ou dois dias de internamento até uma rótula dobrada ao contrário ou mesmo a espinha partida... nesse caso a seguradora já é mais generosa. E não se iludam, o tom da proposta é mesmo este, ou seja, a senhora faz-nos desejar ter aquele seguro e numa hora de aflição atirar-nos de um penhasco na esperança de sobrevivermos com o máximo de ossos partidos. É como um prémio pela desgraça.

Mas se até aqui já estava fascinado e com vontade de ir para o Vietnam em plena guerra com os EUA com uma t-shirt do tio Sam, depressa fiquei descançado por não ser obrigado a entrar numa máquina no tempo, recuar uns anos e apanhar o metro para Hanoi.

A determinada altura perguntou-me se conduzia e eu, a ver se despachava a questão logo ali, respondi que sim, mas que actualmente andava de transportes públicos.

Ora ela não se ficou e depressa ripostou dizendo: "mas sabe que nos transportes públicos também ocorrem acidentes..." ao que eu respondi: "sim, sim... mas acontece que eu ando muito de metro e comboio e felizmente não estamos na Índia". Ela concordou mas quando eu já me preparava para aliviadamente desligar o telefone, ela contra-ataca: "Mas sabe que pode ser atropelado por outro comboio na estação ou por um autocarro à saída do metro..."

Respirei fundo, calmamente e enquanto limpava o suor da minha testa dos nervos, recuperei a voz e disse serenamente: "minha senhora, obrigado mas não estou interessado..." e desliguei com medo que dali a alguns segundos me caísse a casa em cima ao som de uma gargalhada do outro lado do telefone.

Consta que esta senhora estará neste preciso momento atarefada a ligar para Itália, enquanto saboreia calmamente um Chupa-Chups afrodisíaco de canela e que procura incessantemente na net o último dvd do SAW, edição especial - banhada a sangue.