sábado, 31 de maio de 2008

(Des) Selecção

Meus caros...podia chegar aqui e dizer-vos que a selecção portuguesa de futebol vai participar no campeonato da Europa. E que novidade eu vos estaria a dar?? Exacto, nenhuma... se nós até sabemos em que alturas é que o Scolari deixa o Cristiano Ronaldo enviar uma sms ao Sir. Alex Fergusson a dizer que vai para Madrid, como poderíamos não saber isso. E a razão é simples... Porque a nossa querida televisão ENCHE-NOS com a selecção.

Tudo bem que os portugueses gostam de futebol, inclusive eu, mas abrir o telejornal a dizer que o Quaresma no treino deu um remate e acertou na botija com água que o Ricardo tinha perto do poste é cada vez mais uma realidade.

Querem apostar que se o Eng. Sócrates baixasse o preço dos combustíveis para metade e que se o Miguel Veloso tivesse mudado de condicionador a manchete dos jornais diários seria: "Médio centro da selecção muda de Pantene para Linic", e no canto inferior direito viria "AAHHH...e os combustíveis baixaram".

Eles têm enviados super hiper especiais e altamente qualificados em Viseu na zona do estágio, têm no centro da cidade, nos ramais de acesso das auto-estradas, no Hotel da Suíça, nos WC públicos da Suíça onde há muitos emigrantes portugueses que enquanto a seguram para mictar respondem a típica pergunta: "Vai apoiar a Selecção??".

Sejam racionais e moderem o êxtase das ocasiões. Ainda nem o europeu começou e já estou em pulgas para que ele acabe. AAHHH... e força Portugal!!! (Porque parecendo que não estou a apoiar Portugal).

Saudações e divirtam-se ;)

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Cuidado com as ofertas...

Cá estamos... Para os que pensam que já tinham sido utilizadas todas as artimanhas para vender um simples e banal automóvel, eis que alguém se chega à frente e nos surpreende.

O autor de tão fascinante ideia, podia até ser português mas não, é americano... mais concretamente do estado do Missouri.

E a ideia consiste em dar à escolha do cliente uma de duas ofertas: 250 dólares em combustível ou um espectacular, bonito e sempre útil revólver. Sim, uma arma, daqueles objectos capazes de fazer furinhos no nosso corpo e que só por acaso costuma matar.

Se pensarmos bem, faz sentido, por um lado o negocio do petróleo é giro, sim senhor, mas é coisa de meninos da mamã. O obscuro e perigoso negócio das armas sim, esse é uma coisa para homens de barba gira.

No entanto... será que eles em qualquer momento, pensaram na possibilidade de determinados indivíduos escolherem as armas em vez do combustível, precisamente para fazerem uma visita às bombas e usarem a fantástica oferta para não só, levar combustível à pala, como também mais uns trocos e umas gomas?... não sei, foi uma coisa que me passou pela cabeça.

Em Portugal isto promete ser um sucesso, primeiro porque um carro nas mãos de alguns, já é uma perigosa arma e segundo, porque se há coisa k está a pôr toda a gente maluca neste país, incluindo a mim, é o preço dos combustíveis, coisinha para pôr toda a gente aos tiros... já agora, não resisto a partilhar convosco um e-mail que recebi hoje:

se hoje à noite quiserem levar a vossa cara metade a um sitio caro, levem-na a uma bomba de combustíveis...

domingo, 25 de maio de 2008

Super Cola 3


Mas o que é isto?? Fiquem descansadas as senhoras leitoras que não vou dar nenhuma aula machista de bricolage. Apenas gostaria de partilhar convosco esta simples ideia: "Mas quem raio se lembrou de atribuir este nome ao tubinho que contêm cianoacrilato?? "

Após uma pesquisa exaustiva não consegui achar o paradeiro do inventor de tão nobre nome!! Vamos então nós (teorias de armário) tentar descobrir o porquê deste nome.

O mais estúpido é que dá para colar mais do que três coisas...querem ver??

1º- Dá para colar os bicos daqueles patos de loiça que as nossas avós têm no jardim que caíram com o vendaval da noite passada;
2º- Dá para colar aquela taça de cristal que acidentalmente partimos a jogar a bola dentro de casa ou a correr atrás do nosso irmão mais novo;
3º- Dá também pra colar a sola daqueles ténis foleiros que a nossa mãe obriga a usar e que nós propositadamente descolámos para não ter de os usar;

Já aqui estão pelo menos 3. E existem muitos mais...então porque o 3 no nome?? O super até percebo porque aquela porra cola mesmo bem...Que digam os nossos antigos colegas da escola mais rebeldes que tiveram de usar um x-acto para separar o dedo indicador do polegar.

Sei também que a super cola 3 era usada durante a 2ª guerra mundial para sarar feridas. Tudo bem que depois adviriam novos problemas, mas pra desenrascar numa necessidade extrema servia. Mas também não é daí que advém o nome.

Será por ter sido a conta que Deus fez?? Não faz sentido...Só me resta um possibilidade!!

Eu acho que está relacionado com o sujeito que deu o nome e com a sua esposa em que numa bela noite de verão com lua cheia sem nada que fazer lembraram-se de usar lubrificante numa noite mais apimentada e enganando-se usaram super cola!! E não é que foi a malandra da cola que tirou os 3 à senhora e ficou com o número pra ela??

Só pode ter sido isto...Não estou a ver outra situação.

Saudações e divirtam-se ;)

sexta-feira, 23 de maio de 2008

A crítica à moda portuguesa

Olá meus amigos, hoje vou falar-vos de uma incapacidade muito portuguesa que me causa um nível de irritação muito próximo do som produzido por duas chapas metálicas em pleno coito desenfreado, deslizando por cima de centenas de pregos em aço afiados, cobertos por uma pesada e áspera lixa.

Em Portugal como todos sabem, vamos do 8 ao 80 em pouco tempo. É como ter um comboio bastante rápido como o Alfa Pendular com velocidade limitada a 80 km/h pela obsoleta linha ferroviária onde este circula quando pode dar 300 e pensarmos em comprar um TGV para andarmos à velocidade supersónica… numa altura em que os combustíveis estão ao preço que todos sabemos…

Mas não é sobre comboios que vos vou falar hoje, mas sim da parca capacidade dos portugueses em fazer uma crítica com pés e cabeça.

Como disse anteriormente existe o 8 e o 80, que nestes casos é fazer o seguinte: ou dizer que está tudo bonito e que o cocó cheira mal, sim senhor mas podia cheirar melhor e por isso está-se bem; ou criticar ferozmente, ornamentando uma considerável quantidade de baba no canto da boca.

Porque será que não somos capazes de dizer o que está bem sem sermos odiosa e irritantemente simpáticos? Ou dizer-mos que algo está mal sem sermos uma bestas babosas, capazes de afugentar dois rottweilers com raiva?

Um outro exemplo da incapacidade de criticarmos o que quer que seja:

Um dia, durante uma apresentação de trabalhos com direito a autocrítica em que tudo roçava o medíocre, incluindo o trabalho do meu grupo, um funesto e frustrado colega meu da universidade, proferiu a seguinte frase: “tu criticas e falas tão bem que estava a espera de uma coisa melhorzinha, do outro mundo”…

Meus amigos, vamos cá ver uma coisa, desde quando para criticar de uma forma justa e com pés e cabeça, uma obra ou um autor, é necessário desempenhar com igual ou superior mestria a respectiva actividade? Por essa ordem de ideias não podemos criticar um quadro de Monet se não formos uma Paula Rego ou criticar a vida amorosa de Elsa Raposo sem termos ido para cama com a cidade de Lisboa.

Eu diria que se esse tipo for coerente na prática como é na teoria, ficamos nesse dia a saber que, na intimidade, ele é o sujeito passivo…

Alguns intelectuais chamam-lhe cooperativismo e solidariedade. Eu limito-me a chamar-lhe cobardia e desonestidade intelectual… “eu não critico porque não consigo fazer melhor…” ou será antes: “…não critico para não ser criticado na minha classe…

Se calhar é por essa dificuldade em ser criticado ou de criticar, com pés e cabeça, o que nos rodeia que temos um nível de exigência tão baixo em relação ao nosso país e a nós próprios.

Se a crítica for boa e soubermos engolir o que a crítica tem de bom, nós e o nosso trabalho só temos a ganhar. E não devemos livrar-nos do que fazemos de mal ou ter vergonha nisso, devemos guardar o que de mau fizemos e tentar fazer melhor. É isso que tento fazer… foi o que os meus pais fizeram.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Shampoo/Champô/Xampu

Ora bem...Como vos é sabido estou a par do acordo ortográfico, mas como para mim é um "chachada" justifico este título por não saber qual a palavra correcta a usar, e também porque isto é um blog visitado à escala mundial e que necessita de ter alguns termos na língua universalmente mais falada (a.k.a. Inglês).

Mas sobre esse tema já eu falei aqui no Teorias de Armário. O que vos quero falar é sim sobre os tipos, categorias, funcionalidades, preços, etc sobre este produto que se vende em qualquer superfície comercial.

Certo dia entrei num hipermercado e acidentalmente parei por mais do que 5 segundos na secção de higiene, não que seja labrego mas sim porque vou lá e trago sempre o mesmo. Mas desta vez quis analisar o que se encontrava a minha frente e deu nisto. Para as senhoras posso estar a dizer banalidades mas para os leitores homens certamente devem concordar no que vou dizer.

Eu simplesmente compro um shampoo que chamo de normal, a um preço acessível. Mas poderia eventualmente ter comprado um shampoo anti-caspa anti-reaparecimento 2 em 1 com eficácia activa e fortificante utilizando uma nutrição instantânea e aroma de maça verde para cabelos oleosos. O factor anti-caspa até percebo, bem como o 2 em 1 que incorpora no shampoo o amaciador e o aroma a maça verde também acho que sei o que significa, se bem que há melhores aromas. Em relação aos cabelos oleosos também sei que existem couros cabeludos que parecem que andar a esfregar uma fritadeira.

Mas o anti-reaparecimento o que é ?? Será que o shampoo leva o cabelo à fábrica para levar nunca mais o traz de volta ?? Bem como a eficácia activa...os outros não são eficazes?? Ou será que são eficazes mas passivamente?? É uma série de perguntas que se colocam...Nutrição instantânea??? E fortificante?? Este especialmente deve ser usado para as tropas americanas no Iraque.

Existe também o pormenor do preço. A uns simples shampoo cuja embalagem de 1 litro custa 0.90€ e outros que com apenas 200ml custam pra lá de 5€. Tudo bem que o primeiro é da marca "Sou", mas até cheira bem e lava o cabelo.

Mais uma fútil teoria de armário que devia ter ficado na prateleira.

Saudações e divirtam-se ;)

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Os furacões

Hoje, para variar, vou falar de algo giro e alegre: furacões.

E porquê... porque já à algum tempo que algo me intriga. Por que razão baptizam a grande maioria dos furacões com nomes femininos?

Como grande curioso que sou, investiguei e vou partilhar as minhas conclusões pessoais e não cientificas, até porque se é essas que procura caro cibernauta, não podia estar no sitio mais errado.

Descobri que inicialmente eram atribuídas letras aos furacões, ou seja, um tipo chamava aos furacões, furacão A, furacão B... e por aí adiante.

Até que algures na base das Lajes, os americanos começaram a ouvir a música do Bué-ré-ré, interpretada pela doce Ana Mamalhud... Malhoa. Quem não se lembra desse grande hit “sabes que começou no A... A, A, A... e a seguir vem o E ...

Meu Deus, o baú que agora fui abrir no meu cérebro... enfim, já não me sai da cabeça hoje...

A partir daí e, não podendo mais com aquilo, tiveram a ideia de chamar-lhes nomes masculinos.

Um dia, alguém visivelmente agastado com a sua esposa, decidiu que fazia todo o sentido baptizar semelhante catástrofe com o nome da sua cara metade, após esta atirar-lhe à cara um faqueiro em ouro e uma bonita jarra por este ter deixado a tampa da sanita levantada pela 947213ª vez... Entretanto, aquilo pegou moda e a coisa generalizou-se.

Hoje em dia, alterna-se nomes masculinos com femininos devido à revolta de inúmeros movimentos feministas. Toda a gente sabe o poder de uma mulher histérica, imaginem agora uma manifestação...

Isto explica porque não passa pela cabeça dos furacões virem para este lados, quando existem nomes tais como Gorete, Gertrudes, Perpetua, Ermelinda, Antonieta, Débora ou Madalena, sendo que este último nem fica mal nos bolos.

Por outro lado, existe a questão da credibilidade. Uma pessoa nunca levaria a sério um furacão Maria ou um furacão Manuel...

É verdade que andou um por aqui à pouco tempo e que "varreu" um fábrica, mas esse andava nitidamente perdido.

Já agora, no meio da minha pesquisa encontrei num site, a seguinte lista de nomes Angolanos que não podia deixar de colocar aqui até porque, pelo que pude apurar são mesmo verdadeiros.

- Liberdade de Jesus Narigueta Perna Torta Banha
- Cidália Calçada Descalça
- Norlinda Rapa Buraco
- Maria Ténia Viu Vultus
- Etelvina Vaca Cabeça
- Barbosa Cuecas
- Luis Fortes Lopes Carago
- Reinaldo Rabo Bacalhau Molho
- António Agostinho Chouriço Junior
- Maria Bem Grosso
- Carlos Marques Bagina ao Léu
- Elisa Maria Puns Dá
- Maria Trombasia
- Ignácio Bufa Bucelato
- Maria Salva Um de Cada Vez
- António Manuel de Sousa Rabito Magro
- Maria Augusta Rata Seca

domingo, 11 de maio de 2008

Lyngúa Purtugesa

Era o que faltava estarem me agora a chamar ignorante!!! Não sou nenhum analfabeto...eu gosto é de estar em cima dos acontecimentos, portanto decidi começar a escrever de acordo com o novo acordo ortográfico. E assim se der erros, vocês vão pensar que é propositadamente.

Tudo bem...exagerei um pouco. Mas quer dizer....andamos nós a levar reguadas, vardascadas e recados para casa por escrevermos mal e vêem agora uns senhores dizer que vão mudar as coisas. Tudo bem que é para generalizar o idioma em paises que falem a mesma língua que nós. Mas talvez o facto da língua se chamar português possa estar relacionado com o país Portugal. HHHuuuummmm....não consigo achar uma relação.

E depois também existe o aspecto da cultura e dos costumes. É que caso não tenham reparado, nós não falamos português. A nossa língua é o brasileiro de Portugal...É verdade, e se não tivermos cuidado breve falaremos "crioulo de timor adaptado brasileiro de Portugal."

Nós é que andamos a estudar os descobrimentos durante o ciclo a dizer que os portugueses descobriram isto e aquilo, e afinal nós que somos a origem estamos a passar para a descoberta. Um post curtinho pra não maçar mas com um conteúdo importante.

Ésta foy apenas uma ydéya qe qiz partylhare con voscu.

Saudações e divirtam-se ;)

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Desculpas

Depois de à algum tempo ter inaugurado aqui uma rubrica chamada “cultura de armário” hoje vou criar uma nova: “desculpas de armário”.

Esta rubrica surge na sequencia de uma noticia que li à uns dias e na qual, um camionista alemão livrou-se de uma multa ao ser apanhado ao telemóvel enquanto condizia. A desculpa foi, e passo a citar “eu tinha carregado a bateria do telemóvel e estava quente. Pus o telemóvel na orelha para aliviar a dor de ouvido, porque sempre que me dói faço uma compressa e a dor passa”.

Ora, esta desculpa lembrou-me outras que podem ser de igual forma, tão válidas quanto úteis. Portanto, peguem num caderno e anotem.

Quando forem apanhados em excesso de velocidade, digam ao sr. agente que têm Hemorróidas no rabo e a velocidade diminui a tensão no traseiro.

No caso de estacionarem no lugar dos deficientes, mencionem mais uma vez as hemorróidas, ponham dois dedos em forma de Twix e tentem descer um canto da boca. Se forem estrábicos, óptimo, isso também ajuda.

Se forem apanhados a lerem um jornal desportivo enquanto conduzem, aguardem que a autoridade se aproxime, molham a cara e finjam a eminência de um vómito enquanto seguram no jornal.

Se soprarem ao balão e acusar qualquer coisa acima dos 2 gramas, digam que embebedaram o peru do jantar para o temperar. Se o agente não for estúpido, dêem-lhe uma nota de 50 euros. Se não for corrupto, dêem-lhe mais 100 euros e rezem um Pai Nosso, dois Ave Marias, mais um Acto de Contrição para não irem presos e paguem a multa. Se os 100 euros não vos valerem, esqueçam as orações.

terça-feira, 6 de maio de 2008

O Yo Yo


Cá está, como prometido no último post, hoje venho falar-vos desse grande brinquedo que é o Yo Yo. Antes de mais, aviso desde já que este post não é sobre música de hip hop nem de termos tais como “yô”, “ah ahn” ou “yé”...

Vamos começar pelo desgraçado do nome... haverá coisa com nome mais parvo e indefinido que esta? Procurei insaciavelmente pela internet e não encontrei uma nomenclatura uniforme. Encontra-se de tudo, desde yô yô, yo-yo, yo-yô... etc. Opto pelo inglês.

Tendo em conta a mecânica da coisa, não podiam simplesmente chamar àquilo no ocidente, “vaivém” ou “vai e volta” como alguns vibradores? Para os que acham este nome ainda mais estúpido que o original, fiquem a saber que a origem da palavra yo yo provém do Filipino e na sua génese, quer dizer exactamente “volta aqui”. Sim, do Filipino.

E mesmo a história deste brinquedo não é clara pois, para além das Filipinas, também a Grécia surge na biografia do yo yo. Sabe-se agora como Sócrates (o filosofo, não o Engenheiro...), terá ocupado o tempo livre antes da sua condenação. Este facto foi ocultado na obra “Apologia de Sócrates” por uma questão de dignidade na hora da morte.

Como nota de curiosidade, fiquem a saber que inicialmente os nativos utilizavam o yo yo como arma e instrumento de caça, sendo colocadas duas pedras no lugar dos discos e uma corda de até seis metros. Isto lembra-me os yo yos da coca-cola quando andava no secundário. Na altura olhava para aquilo como algo capaz de abrir a cabeça a alguém, em especial a minha.

De volta a esses tempos, deixem-me dizer-vos que eu, experimentei também esta moda e, á semelhança do que aconteceu com o Diablo, não me dei muito bem com aquilo, até porque cada vez que o lançava tinha a ideia que o meu dedo iria atrás... Apenas achei piada aos yo yos quando me ofereceram um de dimensões consideravelmente reduzidas e que identifico hoje, com a devida distância, como sendo um brinquedo diminuto para idades que não eram definitivamente a minha.

Por outro lado, quando chegava ao campo de futebol e via tipos a jogarem futebol, suados, a tresandar de suor, às vezes ao murro – à homem – com gajas a venerá-los, olhava para junto do refeitório e via meia dúzia de gajos agarrados a um fio, a atirar o yo yo, entusiasmadíssimos... estes faziam-me pensar o quanto aquilo não seria de alguma forma, efeminado.

Para terminar, fica a teoria: o yo yo, na verdade nasceu em Ovar e foi a mesma criança que inventou o Diablo. De facto, foi um desenvolvimento tecnológico do Diablo. Após testar a sua invenção, o jovem verificou que o seu estremecido avô deixava cair os pauzinhos e depressa arranjou a solução: atou uma extremidade do fio a um dedo do pobre possuidor de Parkinson e atou a outra a uma taça de sobremesa. O resultado foi deprimente, como de resto é esta teoria, mas estou a trabalhar e ainda é terça-feira, o que é que queriam?

segunda-feira, 5 de maio de 2008

O Tuga


Ora cá está um assunto que todos nos relacionamos. Tudo bem que o blog tem sucesso (??) mas ainda não chegou ao estrangeiro, com excepção do Algarve e ilhas.

Caso esteja a pensar que vou falar dos mítico português que deixa tudo prá última hora, desengane-se, não é esse. Mas também não aquele que põe o colete reflector nas costas do banco do carro e papel higiénico no porta luvas, não. Muito menos aquele tuga que pára sempre que há um acidente na estrada e que vai analisar a situação como se trabalhasse de um jornalista.

Também não me estou a referir ao português que gasta 5euros em todos os jornais desportivos e que nem 1euro dá pra ler as notícias do país. E também não é aquele cidadão lusitano que vai prás festas da aldeia emborcar taças de vinho carrascão enquanto a esposa fica sentada com as restantes Marias nos bancos de madeira que têm um buraquinho no meio a ouvir o rancho e como som de fundo está a rapaziada nova a acelerar nos carros tunning e fazer burnouts com as motas, também não é esse.

Se está a pensar no tuga que tem a "unhaca", aquela unha grande no mindinho da mãe esquerda e/ou direita, engane-se porque também não é. Muito menos me refiro aquele que usa palavras mágicas como "deslarga-me", "destrocado", "prontos!!" ou ao que crítica tudo o que é política e no entanto confunde a guerra colonial portuguesa com a guerra do ultramar (caso não saiba é a mesma, o que significa que se inclui neste personagem).

Também não é o tal que aceita tudo o que é grátis. Nem o que manda piropos a tudo o que tenha 30% de perna descascada e se preciso bebe minis quentes. Já sem falar no que resmunga com toda a gente a conduzir e que relativamente a incidentes à escala mundial responde que já era de esperar. Não é nada disso...

Ahh, afinal é mesmo esse o tuga que tá a pensar!! Como é que adivinhou??

Saudações e divirtam-se ;)

sábado, 3 de maio de 2008

Os pauzinhos, o fio e a jarra...

Meus caros, todos nós quando éramos petizes, assistimos com o passar dos anos a modas que tinham como ingrediente comum, uma validade particularmente diminuta, ou seja, ao final de algum tempo aquilo perdia a graça como uma antiga e velha pastilha elástica Gorila que ao fim de 5 minutos testava a resistência do maxilar humano.

Quem não se lembra de verdadeiras instituições tais como os tazos e os pega-monstros das batatas fritas, o diablo, o berlinde e os jogos de cartas Magic? Todos eles divertiram-nos imenso. No meu caso, todos, excepto o estupor do diablo…

A razão resume-se ao facto de, de todas as actividades lúdicas anteriormente mencionadas, ser a que exigia mais a nível de coordenação motora. Défice motor esse, que curiosamente, noto também com algum desespero e sofrimento na dança. Desespero para mim, que nunca sei o que fazer a seguir como uma barata tonta prestes a ser esmagada a qualquer momento, e sofrimento para a pobre possuidora de uns frágeis pés que tiver a infortunada desgraça de fazer par comigo.

Ver-me a mexer com aquela porcaria assemelhava-se bastante a um individuo a sofrer um ataque de epilepsia… não faltava nem a espuma na boca devido aos nervos…

Esta é talvez a verdadeira razão. Mas como este é um blog de teorias, cá vai a explicação menos embaraçosa para a falta de jeito.


Peço-vos que imaginem os objectos que compõem o Diablo. Basicamente, aquilo não passa de dois paus, atados por um fio e uma pequena taça de fruta … então, como se chegou a esta traquitana e como se brinca com ela?…

Simples, foi a forma que um puto encontrou para entreter o avô que sofria de Parkinson para poder ver a Alexandra Lencastre no papel de Guiomar na Rua Sésamo. O Processo criativo na sua origem baseou-se em pegar nas agulhas de tricô da avó, uni-las com um fio, dar ao pobre tremerão avô e dizer-lhe algo como: “...vê se não deixas cair esta taça da avó no chão ou ela pendura-te no arame pela sonda… estupor do velho…”.

No fundo, penso no Diablo como uma forma gratuita de tornar o Parkinson uma habilidade…

Não, meus amigos, não contem comigo para algo tão insensível… esta miudagem lembra-se de cada uma que não lembra o diablo… he, he… perceberam… diabo, diablo… ok, vou dormir!

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Odores

Caros leitores...já estão a pensar que o meu almoço foi feijoada!! Mas desenganem-se. Esta teoria de armário vem salientar aquilo que todos damos conta e que ninguém conta. E somos sempre nós a dar a cara...

E que raio de coisa é essa?? Perguntam bem...Todos sabemos que o ser humano têm a capacidade de sentir odores e de os identificar, exceptuando obviamente os que são anosmios, que sofrem de anosmia (se não o que é use o link do dicionário português online (fogo, preguiçosos...são as pessoas que tem dificuldades no olfato)), o que por vezes até é capaz de ser interessante.

No entanto, ainda nem falei nada de jeito sobre os odores. Não se preocupem...

O que vos quero relatar não é nada mais nada menos de certos odores que ficam entranhados em nós que nos vimos atarefados pra os eliminar. É que para além de não gostarmos nada das sardinhadas no verão ainda temos que gramar com o cheiro nas mãos durante alguns dias. E certamente não somos nenhuns anti-higiénicos. Porque quando esfregamos desenfreadamente as mãos com aquele sabonete azul, que ainda cheira pior, o odor da sardinha fica abafado durante uns 10min e depois volta a atacar a e ganha novamente o território. E passamos a noite nisto...e até vamos dormir com este fedor e que muito possivelmente nos vai acompanhar em mais um dia de trabalho. E venha sabonetes, sabonetes líquidos, sabão natural, detergente da loiça, gel de banho...nada funciona. Nem usando a palha de aço de arear os tachos.

Mas nem só das sardinhas vive o fedor das mãos. Experimentem descascar uma cebola e esperam 10 minutos antes de lavar as mãos. Ou melhor...não experimentem. Acreditem no que este blog vos informa. É algo que também vence a batalha do mal contra o bem cheiroso.

Isto remete-nos para um campo um pouco sério. Ou as empresas dos artigos de limpeza (entenda-se sabonetes, etc) ainda não descobriram a verdadeira fórmula para eliminar de vez estes odores ou andam a gozar connosco. É que existe tanto publicidade de tanta coisa e nunca vi nenhuma publicidade a sabonetes. Sr. Primeiro Ministro, invista aí uns trocos em laboratórios de sabonetes (e não...não é aqueles que se apanham nos balneários). É capaz de estar aqui uma mina de ouro escondida.

Agora que já passou a moda do aloevera, do sabão natural, façam qualquer coisa pra não termos de gramar com estes espécimes que se entranham na nossa epiderme como as tatuagens.

Aahh...e o meu almoço foi arroz de feijão!!

Saudações e divirtam-se ;)