sábado, 3 de maio de 2008

Os pauzinhos, o fio e a jarra...

Meus caros, todos nós quando éramos petizes, assistimos com o passar dos anos a modas que tinham como ingrediente comum, uma validade particularmente diminuta, ou seja, ao final de algum tempo aquilo perdia a graça como uma antiga e velha pastilha elástica Gorila que ao fim de 5 minutos testava a resistência do maxilar humano.

Quem não se lembra de verdadeiras instituições tais como os tazos e os pega-monstros das batatas fritas, o diablo, o berlinde e os jogos de cartas Magic? Todos eles divertiram-nos imenso. No meu caso, todos, excepto o estupor do diablo…

A razão resume-se ao facto de, de todas as actividades lúdicas anteriormente mencionadas, ser a que exigia mais a nível de coordenação motora. Défice motor esse, que curiosamente, noto também com algum desespero e sofrimento na dança. Desespero para mim, que nunca sei o que fazer a seguir como uma barata tonta prestes a ser esmagada a qualquer momento, e sofrimento para a pobre possuidora de uns frágeis pés que tiver a infortunada desgraça de fazer par comigo.

Ver-me a mexer com aquela porcaria assemelhava-se bastante a um individuo a sofrer um ataque de epilepsia… não faltava nem a espuma na boca devido aos nervos…

Esta é talvez a verdadeira razão. Mas como este é um blog de teorias, cá vai a explicação menos embaraçosa para a falta de jeito.


Peço-vos que imaginem os objectos que compõem o Diablo. Basicamente, aquilo não passa de dois paus, atados por um fio e uma pequena taça de fruta … então, como se chegou a esta traquitana e como se brinca com ela?…

Simples, foi a forma que um puto encontrou para entreter o avô que sofria de Parkinson para poder ver a Alexandra Lencastre no papel de Guiomar na Rua Sésamo. O Processo criativo na sua origem baseou-se em pegar nas agulhas de tricô da avó, uni-las com um fio, dar ao pobre tremerão avô e dizer-lhe algo como: “...vê se não deixas cair esta taça da avó no chão ou ela pendura-te no arame pela sonda… estupor do velho…”.

No fundo, penso no Diablo como uma forma gratuita de tornar o Parkinson uma habilidade…

Não, meus amigos, não contem comigo para algo tão insensível… esta miudagem lembra-se de cada uma que não lembra o diablo… he, he… perceberam… diabo, diablo… ok, vou dormir!

2 comentários:

Anónimo disse...

caro bloguista....então e o iô-iô ??? Faltou falar nesse tão querido brinquedo

Abraço e bost posts

6a8ri3l disse...

Meu caro, se este blog tivesse um prémio instituído chamado "adivinhe o próximo post", seria seu.
Acontece que ele fazia parte do texto inicial, no entanto após uma leitura final, cheguei à deprimente conclusão que também esse mítico brinquedo estava ao mesmo nível do diablo e para não me alongar muito teria de sair... mais, foi também dos meus fracassos lúdicos para impressionar as miúdas, pelo que decidi dedicar-lhe um novo post.

Obrigado pelo comentário e principalmente pela sugestão.

Abraço