sexta-feira, 9 de maio de 2008

Desculpas

Depois de à algum tempo ter inaugurado aqui uma rubrica chamada “cultura de armário” hoje vou criar uma nova: “desculpas de armário”.

Esta rubrica surge na sequencia de uma noticia que li à uns dias e na qual, um camionista alemão livrou-se de uma multa ao ser apanhado ao telemóvel enquanto condizia. A desculpa foi, e passo a citar “eu tinha carregado a bateria do telemóvel e estava quente. Pus o telemóvel na orelha para aliviar a dor de ouvido, porque sempre que me dói faço uma compressa e a dor passa”.

Ora, esta desculpa lembrou-me outras que podem ser de igual forma, tão válidas quanto úteis. Portanto, peguem num caderno e anotem.

Quando forem apanhados em excesso de velocidade, digam ao sr. agente que têm Hemorróidas no rabo e a velocidade diminui a tensão no traseiro.

No caso de estacionarem no lugar dos deficientes, mencionem mais uma vez as hemorróidas, ponham dois dedos em forma de Twix e tentem descer um canto da boca. Se forem estrábicos, óptimo, isso também ajuda.

Se forem apanhados a lerem um jornal desportivo enquanto conduzem, aguardem que a autoridade se aproxime, molham a cara e finjam a eminência de um vómito enquanto seguram no jornal.

Se soprarem ao balão e acusar qualquer coisa acima dos 2 gramas, digam que embebedaram o peru do jantar para o temperar. Se o agente não for estúpido, dêem-lhe uma nota de 50 euros. Se não for corrupto, dêem-lhe mais 100 euros e rezem um Pai Nosso, dois Ave Marias, mais um Acto de Contrição para não irem presos e paguem a multa. Se os 100 euros não vos valerem, esqueçam as orações.

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